sexta-feira, 31 de julho de 2009

"Eu também tinha muchas ganas de te conhecer"

Eu já havia preparado essa postagem antes, porém coloco no ar hoje um pouco chateado.

Coloquei uma informação errada no blog (leia http://omalfeito-feito.blogspot.com/2009/07/ah-eu-sou-toguro.html) e o cara que é o tema deste post, o Nelson Machado, foi exatamente quem puxou minha orelha. Que vergonha!

Por outro lado essa interação que o Nelson tem com os fãs é o que faz este post também ser de grande orgulho, seja por ele ter me chamado a atenção ou pela história que se segue.

Em 2005, se bem me lembro, estava lendo uma notinha no jornal Estado de Minas (sou de BH), e descobri que o Nelson estava lançando um livro sobre dublagem, o Versão Brasileira. Para comprá-lo entrei em contato, por e-mail, com a editora Capricórnio e perguntei onde poderia encontrar o livro. Achei que a resposta demoraria dias e que algum atendente do SAC me responderia com muita má vontade. A agradável surpresa foi que quem me respondeu diretamente foi o Nelson! Aí eu senti firmeza!

Depositei o dinheiro e depois de alguns dias foi só correr pro abraço e curtir as estórias da História da Dublagem. Nesse livro foi que aprendi várias coisas do tema que gosto tanto, e me entretive ao ver o rosto de várias vozes que eu gostava. Foi nele também que vi que o meu interesse por dublagem não veio por acaso, mas sim por eu ser de uma geração de sorte que gostou de Cavaleiros do Zodíaco e graças a Revista Herói pôde conhecer as vozes dos heróis.

Com o Versão Brasileira que eu fui ver como são ingratos aqueles que falam tão mal de filmes dublados no Brasil! Eles se esqueceram que se não fosse pela dublagem brasileira iam ter crescido vendo o Chaves falar da História do México e não de História do Brasil. É, isso que é customização!

Enfim o livro é incrível e eu pude vivenciar vários causos que o Nelson cita, pois eu estava lá vendo os desenhos em questão e não fazia idéia de como era todo o processo de dublagem. Ali eu entendi e isso tornou Versão Brasileira uma referência para os momento de abstração.

Ah estava esquecendo. Ao abrir o livro tive mais uma grande felicidade de ver a dedicatória que o Nelson fez pra mim. Obrigado, Nelson.

A frase do título do post foi o que o Nelson disse quando conheceu o Carlos Villagrán (Quico)

Para comprar o livro vá em http://edicapri.sites.uol.com.br

GAFE

Cometi uma grande gafe! A correção está aqui: http://omalfeito-feito.blogspot.com/2009/07/ah-eu-sou-toguro.html

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O inquebrável Grunk!

Mais um clássico de Jorge Vasconcellos!

O inquebrável Grunk: "De repente Grunk passou a amar peixes."

Leia: http://omalfeito-feito.blogspot.com/2009/07/ola-sou-eu-bundifora.html

Olá! Sou eu, Bundifora! - a Revanche

Agora o Bundifora por mim:


Leia http://omalfeito-feito.blogspot.com/2009/07/ola-sou-eu-bundifora.html

Olá! Sou eu, Bundifora!

Jorge Vasconcellos é um grande dublador e deu vida à personagens que enriqueceram muito minha infância, adolescência e, o mais legal, é que ainda enriquece demais minha idade adulta.

Eu curti por muitos anos o Cartoon Cartoons e o Jorge esteve presente em vários desses desenhos. O cara é nada mais, nada menos que o Macaco Louco. A dublagem do desenho das Meninas Superpoderosas é tão boa que mantiveram o elenco dubladores para a fase em que elas já cresceram.

Atualmente, Jorge está também num desenho que gosto muito, interpretando o Chet Ubetcha (Padrinhos Mágicos). O resultado da fusão personagem - dublador é perfeita, o personagem só faz pequenas pontas, mas é tão cômico que cresceu muito dentro da animação.

À partir daí eu concluo que o Jorge Vasconcellos tem uma veia cômica forte, porque não é a primeira vez que vejo ele crescer junto com coadjuvantes e com um teor humorístico. Ele dublou também dois personagens engraçadíssimos, o capeta Bundifora e o Inquebrável Grunk.

O primeiro foi em A Vaca e o Frango, é um capeta completamente psicodélico, sempre pelado e a voz dele por si só já era capaz de provocar gargalhadas (já ouvi confissões da mãe de um amigo meu sobre isso, não fui eu que inventei). E tinha o bordão marcante, diversas vezes repetido por meu amigo Samuel na época de colégio, que era o: "Olá! Sou eu, Bundifora!"

O segundo em Laboratório de Dexter, é o Inquebrável Grunk ou Krunk, componente dos amigos da justiça, um gigante bocó e muito ingênuo. Aliás outra tendência do Jorge é dublar gigantes bocós, como ocorreu em Lilo & Stitch, em Procurando Nemo e Vida de Inseto. Mas ele dá vida à vilões macacos ou macacos vilões, como queira, muito bem!

Volto já com a postagem dos desenhos! Visitem www.danielneto.com.br/dublagem pra saber mais do Jorge Vasconcellos e todos outros.

Nota

Bom dia, senhoras e senhores! Hoje é um grande dia em que descobri, com ajuda do Daniel Neto, o Perito, quem são os dubladores dos mutantes dos Thundercats e de quebra de todo o resto do elenco!

Como já postei o desenho dos mutantes, vou preparar e posto em breve sobre os dubladores. Vem coisa boa por aí.

Ao meu irmão Ramon que perguntou quem é o dublador do Richard Gere e do Patrick Swayze, já digo que ele vai se surpreender. Estou fazendo os desenhos para o post que responde essa pergunta e acho, meu caro irmão, que o seu coração crescido nos anos 80 vai ficar alegre com pelo menos um dos personagens!

Tem muitos posts por vir, mas não quero postar sem desenhos, eles tão saindo!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mais de Paulo Flores

Olá, achei no google esta imagem dos personagens que receberam a voz do Paulo Flores e achei que seria de bom grado colocar para todos verem.

Taí a foto com fonte, frenquentem o site www.danielnet.com.br/dublagem

O Mistério

Dublagem pode ser um mistério...
Já tem tempos que Thundercats se foi da TV, era um ótimo desenho e com uma equipe de dublagem muito bem escolhida. Eu mesmo vim ao mundo à tempo de ver a série duas vezes, parte na Globo e se não me engano no SBT também e na íntegra vi na Warner. Ser criança é bom demais! Acordava 7:30 da manhã nas férias só pra ver Thundercats e Dinosaucers!
Bem, onde está o mistério nisso tudo? Pois é, como eu vi a série duas vezes as vozes ficaram vívidas na minhas cabeça, tornando possível o reconhecimento do Paulo Flores como Simiano. Porém, os comparsas mutantes do Simiano eu nunca consegui reconhecer em outro programa mais recente.
A voz do Escamoso eu até já tive alguns palpites, mas não consegui confirmar. Agora, a voz do Chacal e do Abutre, eu sequer consigo lembrar em outro lugar. Acho isso muito bom, primeiro pelo desafio de tentar reconhecer e segundo porque os dubladores que acabam por despistar suas vozes são muito legais!
Eu gosto de ver filme dublado e ficar tentando adivinhar de onde ouvi aquela voz. Além disso, o dublador abre um leque de possibilidades ao fazer sua voz mudar tanto que se torna irreconhecível!

Ao assistir um filme de terror ou suspense dublado você já percebeu que dá pra descobrir quem é o assassino se comparar a voz do suspeito à voz do facínora? Pois é, isso não acontece quando o dublador é um mestre das cordas vocais e te engana deliciosamente.
Quer entender o que eu estou falando? Vá conferir Batman Animated Series e veja a diferença da voz do Márcio Seixas quando ele é Batman e quando é Bruce Wayne.
Vão aí os mutantes de Thundercats, quem conhecer suas vozes, por favor que se apresente e resolva o mistério.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O vôo de Ícaro

O dublador é um profissional que chega ao limite extremo. O cara aparece, cresce com o personagem ou o ator, entra na nossa casa pela TV, conquista o terreno, nos entretém e vai embora!

Em cada trabalho o dublador alça vôos mais altos, à medida que pega experiência, e se acostuma com as artimanhas de interpretar aquela determinada voz. Há uma habilidade não apenas de criar a característica da voz, mas também de se moldar aos trejeitos do personagem e até do biquinho que o ator faz.


Um destes Ícaros foi o Paulo Flores! O sujeito foi tão capaz que ao imaginar como é sua aparência, é bem capaz de você pensar que é um negro gigantesco como o Michael Clarke Duncan, com chifres de triceratops como do Sr. Richfield da Família Dinossauro e que as vezes fica doido e não fala nada com nada como Taz de Tazmania.

O Paulo já faleceu e por isso não escutamos mais sua voz em filmes e desenhos novos, mas com certeza é uma voz que ecoa na memória.

Vai aí o Paulo Flores como Simiano, por mim, soltando um barulho de macaco.

Profissão tradicional

Algo que já percebi à algum tempo sobre os dubladores: eles são em diversas ocasiões de uma origem tradicional ou se tornam tradições por si só.

O que estou querendo dizer é que a profissão, muitas vezes, segue a tradição de ser passada de geração em geração, como acontece no caso de Gilberto Baroli (Saga de Gêmeos dos Cavaleiros do Zodíaco), o pai, e Hermes Baroli (Seyia de Págasus dos Cavaleiros do Zodíaco), o filho. Ou então ficam dentro de uma família como ocorreu com os irmãos Bezerra, Wendel, Ulisses e Úrsula. Há também outros casos, como do Nelson Machado (dublador do Quico) que o pai dele esteve relacionado com o princípio da dublagem no Brasil. O Nelson foi criado dentro dos estúdios, é como se fosse inevitável que ele viesse à se tornar um grande dublador.

Por fim, se o cara vem ou não de uma família de dubladores ele se consagra e se torna tradicional ao receber uma chance. Um exemplo de tradição é o Newton da Matta, dublador do Bruce Willis. É impossível desvincular o Bruce Willis da voz do Newton.

O dublador cresce junto do ator ou personagem e quanto mais experiente, mais tradicional ele fica dentro da nossa casa. Isso aumenta até o limite, quando o dublador pára de trabalhar ou, pior, falece. Isso aconteceu com o Newton. Acho que desde o Sexto Sentido eu não consigo ver um filme do Bruce Willis mais. E pior, aí vem um filme dos Thundercats, o que será do Lyon-o?

Tenho para mim que ser dublador é uma profissão tão tradicional quanto alfaiate, amolador de facas, sapateiro, entre outras. Só espero que a formação de dubladores não acabe, eu não iria aguentar assistir filme dublados pela TNT!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O descontrole da arte

Apesar de eu não achar que os desenhos que faço é arte, mas sim interpretações, eles muitas vezes saem do controle e por isso o título.

Vira e mexe a gente vê história de que os personagens se descontrolam e saem do palco ou do livro para a vida do ator e do autor. Isso é o descontrole da arte, é como a criatividade fica indomável!

No desenho a seguir eu tentava isolar o Freakazoid em bela pose, mas no meio da execução dos traços não consegui segurar o ímpeto! Killer Croc e Batman, em pleno duelo, inrromperam o papel e tomaram o espaço do Freakazoid.



É incrível como, para mim, ficou parecendo um frame, um único quadro da situação. Afinal, um pouquinho mais para frente no filme, se o Freakazoid não pula o Batman entrava em cena e eles trombavam!

Lembranças de um Freaka

Descobri pelo blog Teatro de Bonecos (teatrobonecos.blogspot.com) que foi aniversário do Guilherme Briggs, grande mestre da dublagem.

Lembro de começar a me familiarizar com a voz dele no dia em que meu pai assinho TV à cabo. Passei o dia inteiro vendo desenho e Freakazoid começava a passar na Warner. A memória mais nítida é de que no primeiro dia de Multicanal assisti o capítulo em que o herói ficava fraco e dizia "Passa um paninho nesse chão", "Êta chãozinho gelado" e gritava para o vilão "Gutierrez, seu pamonha!". Repeti essas frases por muito tempo junto ao amigo Samuel que adorava fazer imitações (com muita perfeição).

Depois disso meus ouvidos ficaram aguçados quando trocava pro Cartoon e o o Guilherme estava lá como Babão. Mais pra frente ouvi ele muito como Cosmo, mas me surpreendi e me deleitei com a dublagem séria do Super Homem do Liga da Justiça e agora como Optimus Prime.
Guilherme, parabéns pelos 39 anos e pela capacidade imensa de entreter! Vai aí o meu Freakazoid.



Um pouquinho de história sobre dublagem

Você conhece esse cara aí embaixo?

Esse foi o presidente Jânio Quadros. Ele foi quem decretou que todos os programas exibidos na TV aberta fossem dublados e à partir de então assim foi feito.

Não posso esconder que isso me desperta alguma simpatia por ele, mas não é exatamente por isso que acho injusto que ele seja tido como um idiota na história do Brasil. Só acho que ele era um homem comum no meio da arrebentação.

Como esse blog não dicute história e política, viva a dublagem!

Observação 1: Leiam sobre história da dublagem no livro Versão Brasileira de Nelson Machado, o dublador do Quico do Chaves.

Observação 2: Outro dia na minha aula mostrei a foto do Jânio Quadros e quase ninguém o conhecia, fiquei triste principalmente por ser uma foto tão icônica.

sábado, 25 de julho de 2009

Dos Jedi, Yoda, o mestre!

Taí um mestre Yoda do Clone Wars, a série que passava no Cartoon!
A dublagem dele eu chamaria de tricky pela dificuldade de dizer exatamente de quem era pela característica da voz e a tentativa de se aproximar à dublagem dos anos 80, porém eu acredito que seja do Guilherme Briggs.
Este que é mestre em customização de dublagem, é o que ele faz com o Cosmo (Padrinhos Mágicos) falando como o Silvio Santos.
Além disso, ele é mestre em imitar dublagens já consagradas com o do Scooby-Doo do Seu Piru e com o Fred Flinstone também.
Obviamente imitar uma dublagem não é de maneira alguma algo ruim, mas sim uma prova de talento e homenagem à uma tradição!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ah eu sou Toguro!

Antes de ontem foi aniversário de um amigo meu, que me contou gostar de YuYu Hakusho quando era pequeno. Por isso fiz o desenho que você encontrará abaixo.
Meu amigo sempre lembra do grito famoso da época que era "Ah eu tô maluco". Espertamente os dubladores de YuYu hakusho se apoderaram do grito e o customizaram para que fosse a exaltação do vilão do desenho, o Toguro (segue).

Meu filho! Customização da dublagem é algo incrível, é necessário adaptar a realidade do programa ao país que está transmitindo!
Viva a equipe e viva o André Filho, dublador do Toguro e vários outros. Ele será eternamente o Sylvester Stallone brasileiro.

NOTA: Caramba! Falei besteira! O Silvester Stallone tem dois dubladores: O André Filho e o Luiz Feyer Motta.

O André dubla o Stallone nos primeiros Rocky e no Falcão, já o Luiz dubla o Stallone em Demolidor e no último Rocky!

O Luiz Feier Motta (foto abaixo) é quem é o dublador do Toguro. Me desculpem vocês todos e me desculpe Luiz!

Eu fui corrigido pelo Nelson Machado (Quico, Darkwing Duck e Glomer) e ao pesquisar melhor vi que o André Filho veio a falecer em 1997.

Bode perde o Greyhound

Desenhar pessoas normais é a coisa mais difícil de se fazer.
Este desenho é de um amigo que já não vejo tem um bom tempo, tive que fazer várias vezes até acertar sua fisionomia com base em fotos e na lembrança que tenho dele. Só que o cara não tem nenhuma característica extremamente marcante, um cara normal, daí a dificuldade extrema de retratá-lo.
Tamanho é o problema de desenhar um cara normal, que a caricatura ficou quase que uma fôrma, daria pra usar para vária outras pessoas mudando pouca coisa.
Bem, depois de isso tudo, será que sou eu que sou um lame desenhista?
Pela minha lembrança ficou bem parecido.


A história da sobrinha

Criança adora desenhar, certo?
Já pensou no dia que sua sobrinha chegar e falar: "Tio, desenha um urso roxo comendo mel?"
O que você vai fazer?
Eu vou desenhar, ora!

Photoshop

Aprendendo a mexer no photoshop.

Como na Playboy ela não era isso tudo quando desenhei à mão, mas olhe agora que gata depois do photoshop.

Kiss the cook

Sem enrolação! Eu vou postar meus desenhos aqui e falar deles.


Se você não quiser ler a conversa fiada, veja os desenhos que são bem mais legais!


Kiss the cook: aprenda a desenhar no howstuffworks.com que nem eu.