terça-feira, 28 de julho de 2009

Profissão tradicional

Algo que já percebi à algum tempo sobre os dubladores: eles são em diversas ocasiões de uma origem tradicional ou se tornam tradições por si só.

O que estou querendo dizer é que a profissão, muitas vezes, segue a tradição de ser passada de geração em geração, como acontece no caso de Gilberto Baroli (Saga de Gêmeos dos Cavaleiros do Zodíaco), o pai, e Hermes Baroli (Seyia de Págasus dos Cavaleiros do Zodíaco), o filho. Ou então ficam dentro de uma família como ocorreu com os irmãos Bezerra, Wendel, Ulisses e Úrsula. Há também outros casos, como do Nelson Machado (dublador do Quico) que o pai dele esteve relacionado com o princípio da dublagem no Brasil. O Nelson foi criado dentro dos estúdios, é como se fosse inevitável que ele viesse à se tornar um grande dublador.

Por fim, se o cara vem ou não de uma família de dubladores ele se consagra e se torna tradicional ao receber uma chance. Um exemplo de tradição é o Newton da Matta, dublador do Bruce Willis. É impossível desvincular o Bruce Willis da voz do Newton.

O dublador cresce junto do ator ou personagem e quanto mais experiente, mais tradicional ele fica dentro da nossa casa. Isso aumenta até o limite, quando o dublador pára de trabalhar ou, pior, falece. Isso aconteceu com o Newton. Acho que desde o Sexto Sentido eu não consigo ver um filme do Bruce Willis mais. E pior, aí vem um filme dos Thundercats, o que será do Lyon-o?

Tenho para mim que ser dublador é uma profissão tão tradicional quanto alfaiate, amolador de facas, sapateiro, entre outras. Só espero que a formação de dubladores não acabe, eu não iria aguentar assistir filme dublados pela TNT!

Nenhum comentário: